A tese A “arte do rodeio”: peões, touros e tropeiros na sociedade do agronegócio, de Carlos Eduardo Machado, defendida no Programa de Pós-Graduação em Antropologia Social do Instituto de Filosofia e Ciências Humanas (IFCH), da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp), orientada pela professora Nashieli Cecília Rangel Loera, em 2022, ganhou o segundo lugar no Prêmio Sílvio Romero de Folclore e Cultura Popular 2023. A tese, que já havia sido contemplada com Menção Honrosa no Prêmio Capes de Tese 2023, investigou a Festa do Peão Boiadeiro de Barretos, problematizando a noção de “cultura” que envolve esse universo marcado pelo prestígio das relações entre homens e touros. O primeiro colocado foi uma tese sobre o papel da diáspora forçada dos povos da África Centro-Ocidental no Brasil para a formação das várias tradições sineiras brasileiras. Os vencedores receberão, respectivamente, R$25 mil e R$20 mil.
Conheça, abaixo, o trabalho premiado e respectivo resumo:
2º prêmio: A “arte do rodeio”: peões, touros e tropeiros na sociedade do agronegócio, de Carlos Eduardo Machado, título original da tese de doutorado defendida na Universidade Estadual de Campinas (Unicamp) – Programa de Pós-Graduação em Antropologia Social do Instituto de Filosofia e Ciências Humanas, orientada pela Profª. Drª. Nashieli Cecília Rangel Loera, em 2022.
Resumo: Esta pesquisa aborda práticas e sentidos do mundo do rodeio no Brasil. Partindo da expressão “arte do rodeio”, cunhada do universo da Festa do Peão de Barretos, busca-se compreender como se afirmam determinados valores na sociedade brasileira configurados em torno do agronegócio. Fruto de pesquisa em arquivos e documentos históricos e de um levantamento etnográfico da Festa do Peão de Barretos (com trabalho de campo realizado com organizadores desta festa, profissionais do rodeio e seus participantes), esta pesquisa problematiza a noção de “cultura” que envolve esse universo marcado pelo prestígio das relações entre homens e touros, pela construção de uma identidade nacional associada ao peão boiadeiro, pela dinâmica do mercado de bens simbólicos e pelas atuais lutas por reconhecimento de direitos culturais.
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