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A pró-reitora de Pós-Graduação da Unicamp, professora Rachel Meneguello, comemorou a decisão do governo federal de reajustar os valores de bolsas de estudos, conforme anúncio feito na tarde desta quinta-feira (16) pelo presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva. De acordo com a medida, os reajustes variam de 25% a 200% e abrangem bolsas de graduação, pós-graduação, iniciação científica e a bolsa permanência.

As bolsas de mestrado e doutorado, que não eram reajustadas desde 2013, terão variação de 40%. No caso do mestrado, o valor sairá de R$ 1.500 para R$ 2.100. No doutorado, de R$ 2.200 para R$ 3.100. Já as bolsas de pós-doutorado serão reajustadas em 25%, com aumento de R$ 4.100 para R$ 5.200.

 “A notícia é muito boa, porque dá conta de um dos principais problemas de fomento da pós, que são as bolsas dos alunos”, disse a pró-reitora.

Ela lembrou que, no final do ano passado, o pagamento das mensalidades só não foi suspenso devido a gestões da Capes junto ao Ministério da Economia. A suspensão do pagamento chegou a ser anunciada pelo Ministério no dia 8 de dezembro, mas acabou não sendo efetivada.

A pós-graduação da Unicamp conta com 3.286 bolsas, oferecidas pela Capes (Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior), pelo CNPq (Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico) e pelo Proex — Programa de Excelência Acadêmica mantido pela Capes.

 “Esse aumento do valor certamente terá impacto na manutenção dos alunos em seus programas, e esperamos que a melhoria dessas condições torne a pós-graduação uma perspectiva atraente para os jovens”, acrescentou Meneguello.

“A qualificação dos recursos humanos e a produção da pesquisa no país residem principalmente nos programas de pós, e entendemos que essas medidas iniciais terão impacto para isso”, concluiu a professora.

A Unicamp destaca-se pela alta pontuação de seus programas de pós-graduação, com 70% dos cursos com notas 5, 6 e 7, segundo a classificação da Capes. Do total de 149 cursos, cerca de 44% são considerados de excelência, com notas 6 e 7.

Além do reajuste no valor, o governo federal também irá recompor a quantidade de bolsas oferecidas. No caso do mestrado, por exemplo, o número de bolsas caiu de 58,6 mil em 2015 para 48,7 mil em 2022, uma redução de quase 17%. Agora, a estimativa é que sejam ofertadas 53,6 mil bolsas.

 Ensino médio

Os alunos de iniciação científica no ensino médio também serão beneficiados. As 53 mil bolsas para estimular jovens estudantes a se dedicarem à pesquisa e à produção de ciência passarão de R$ 100 para R$ 300. Na graduação no ensino superior, as bolsas de iniciação científica terão acréscimo de 75%, passando de R$ 400 para R$ 700.

As bolsas para formação de professores da educação básica terão reajuste entre 40% e 75%. Em 2023, haverá 125,7 mil bolsas para preparar melhor os professores, centrais para a qualidade do ensino básico. Atualmente, os valores dos repasses variam de R$ 400 a R$ 1.500.

A Bolsa Permanência, por sua vez, terá o primeiro reajuste desde que foi criada, em 2013. O auxílio financeiro é voltado a estudantes quilombolas, indígenas, integrantes do Prouni e alunos em situação de vulnerabilidade socioeconômica matriculados em instituições federais de ensino superior. A intenção é contribuir para a permanência e diplomação dos beneficiários. Os percentuais de aumento variam de 55% a 75%. Atualmente, os valores vão de R$ 400 a R$ 900.

Os reajustes das bolsas implicam aporte de R$ 2,38 bilhões em recursos do Ministério da Educação e do Ministério da Ciência e Tecnologia, investimentos que irão suprir demandas de instituições como a Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes) e o Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq).


Fonte: Portal da Unicamp

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