A Secretaria Executiva de Comunicação (SEC) em parceria com a Pró-Reitoria de Pós-Graduação (PRPG) da Unicamp publica, a partir desta quarta-feira (11/12), uma série com sete vídeos relatando as experiências de doutorandos e doutorandas que realizaram intercâmbio pelo Programa Institucional de Internacionalização, vinculado à Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior, o chamado Capes-Print. Esse é o maior programa de internacionalização da Universidade.
Os vídeos podem ser acessados no canal da TV Unicamp no YouTube e também nos perfis das mídias sociais da Universidade.
Com o material, a SEC e a PRPG pretendem mostrar como a realização de parte de suas pesquisas de pós-graduação em universidades no exterior ampliou o conhecimento desses estudantes em suas áreas e colaborou para o aprimoramento da qualidade de seus estudos.
A Unicamp foi aprovada no programa em 2019, integrando um grupo de 36 instituições de ensino superior contempladas. Durante um período de quatro anos, de 2019 a 2023, a Universidade recebeu R$ 41 milhões, verba essa destinada a 117 projetos de 22 áreas nos 84 programas de pós-graduação mantidos pela instituição. O programa terminou oficialmente no dia 31 de outubro de 2024.
Para a pró-reitora de Pós-Graduação, Rachel Meneguello, o Capes-Print possibilitou que a Unicamp ampliasse as suas redes de pesquisa e potencializasse a formação dos estudantes de pós-graduação.
“Nossas relações acadêmicas foram fortalecidas em 28 países, abrindo oportunidades de pesquisa e intercâmbio, consolidando parcerias em todas as áreas de conhecimento”, afirmou.
Meneguello também disse que os resultados obtidos pelo programa mostraram-se exitosos. “A exposição dos estudantes a dinâmicas acadêmicas variadas e a culturas distintas certamente possibilitou o enriquecimento da formação na pós-graduação e a ampliação das perspectivas nas profissões escolhidas.”
Perfis
Os vídeos apresentam as trajetórias dos seguintes estudantes:
Lívia Genaro, que realizou seu doutorado na Faculdade de Ciência Médicas (FCM) da Unicamp e um intercâmbio na Universidade de Barcelona (Espanha). Genaro, que defendeu sua tese em novembro de 2024, investigou os mecanismos responsáveis por tornar ineficiente um medicamento convencional usado por pacientes com a doença de Crohn. Durante o intercâmbio, ela pôde aprender novas técnicas e conhecer mais sobre a base imunológica da doença.
Bruna Egumi Nagay, que realizou o seu doutorado na Faculdade de Odontologia de Piracicaba (FOP) da Unicamp, com intercâmbio na Radboud University Medical Center (Holanda), entre 2021 e 2022. Nagay pesquisou novas estratégias para o controle da peri-implantite, uma infecção que ocorre ao redor de implantes dentários. A então doutoranda desenvolveu um revestimento de implantes com agentes antimicrobianos, capaz de combater as bactérias por meio de luz. No período em que esteve na Holanda, a pesquisadora estudou, utilizando tecnologias que não existem no Brasil, o quanto esse revestimento poderia ser tóxico para o corpo humano.
Leonardo Leite, doutorando no Instituto de Física Gleb Wataghin (IFGW) da Unicamp, que realizou seu intercâmbio na Organização Europeia para a Investigação Nuclear (CERN, sigla em francês para o antigo nome da entidade), em Genebra (Suíça). Estar no CERN, um dos principais laboratórios de partículas do mundo, era um sonho de Leite desde criança. Em seu doutorado, o pesquisador estuda como os neutrinos podem decair analisando o fluxo de neutrinos chamado de CNB, sigla em inglês para radiação cósmica de neutrinos de fundo.
Mateus Henrique do Amaral, doutorando da Faculdade de Educação (FE) da Unicamp, que realizou o seu intercâmbio na Universidade de Barcelona (Espanha). Em sua pesquisa, Amaral estuda os estágios supervisionados dos cursos de pedagogia da FE, a partir de relatórios realizados por estudantes. A proposta é analisar a relação entre a teoria e a prática nas escolas. Na Universidade de Barcelona, o pesquisador pôde ter contato com importantes estudiosos e nomes de referência da área, além de haver participado de um projeto temático.
Laís Zandoná, doutoranda da Faculdade de Engenharia de Alimentos (FEA) da Unicamp, que realizou o seu intercâmbio no Instituto Nacional de Pesquisa para a Agricultura, a Alimentação e o Meio Ambiente (Inrae, na sigla em francês), na França. Em seu doutorado, Zandoná estuda como determinados compostos existentes em duas frutas nativas do Brasil – a pitanga preta e a grumixama – podem ajudar nos sintomas relacionados à obesidade, especialmente no que diz respeito a questões intestinais e a inflamações. Na França, a pesquisadora investigou se as duas frutas melhoram os biomarcadores envolvidos em doenças cardiovasculares e pôde utilizar metodologias exclusivas que lhe permitiram avançar de forma importante em seu projeto.
Juliana Barandão, doutoranda da Faculdade de Educação Física (FEF) da Unicamp, que realizou seu intercâmbio na Universidade de Coimbra (Portugal). Em seu doutorado, Barandão estuda o quanto as políticas públicas de esporte e lazer são acessíveis à população em geral, com destaque para os espaços públicos que cobram taxas de acesso, como piscinas e clubes. Durante o intercâmbio, por seis meses, a pesquisadora, que realiza o seu doutorado enquanto trabalha, pôde se dedicar exclusivamente aos estudos. Barandão também teve acesso a pesquisas interdisciplinares e a outros textos que contribuíram de forma significativa para seu projeto.